BrandLovrs: um olhar para os creators que dominam o universo fashion

Ainda no começo desse ano, para ser mais exato no mês de fevereiro, a Semana de Moda de Nova York movimentou aproximadamente 232 mil pessoas, resultando em US$ 532 milhões em turismo relacionado diretamente ao evento.  Esse é um recorte isolado, mas que deixa claro que a indústria da moda vai muito além da passarela e impacta gastronomia, hotelaria, setor têxtil, mercado publicitário e, obviamente, o universo dos criadores de conteúdo.

Ciente do potencial de negócio, a BrandLovrs reuniu as principais tendências sinalizadas a partir das semanas de moda – Paris, Milão, Nova York, Londres – e do comportamento dos creators fashion nas redes sociais que podem inspirar marcas no Brasil. Para começar, é preciso ter a clareza de que os influenciadores tradicionais, que transmitem um estilo de vida aspiracional, seguem como referência nesse universo, mas um estudo da Mckinsey sobre criação de conteúdo fashion aponta uma perda de tração entre os perfis de grandes personalidades, apenas 15% dos ouvidos revelam se sentirem influenciados por esses perfis.

Em contrapartida, aqueles menores e menos cartesianos, que refletem às ruas, estão conquistando audiências: 40% dos entrevistados pela Mckinsey buscam referências com mais autenticidade e 43% com mais similaridade. As marcas podem se aproximar desse público, off passarelas, para apresentar coleções e tendências. Lembrando que, no Brasil, 90% dos produtores são micro e nano creators e 53% é a média do quanto representa a categoria de vestuário em relação a quantidade de conteúdo gerado nas redes.

No estudo da BrandLovrs – Fashion Creator Trends 2024 – o consumo consciente segue como matriz para insights sobre o futuro desse setor, já que 60% dos executivos de moda pretendem investir na economia circular. Stela McCartney, um ícone do segmento, inseriu em seu último desfile, em Paris, roupas feitas com poliéster reciclado e não está sozinha quando o tema é cuidado com consumo e meio ambiente.

Em paralelo, a startup focada em Creator Marketing aponta outras 6 tendências para a indústria da moda e mercado de criadores:

  1. Comfy Revolution
  2. Retro Revival
  3. Modo Férias
  4. Tecnologia reinventada
  5. Moda pós ironia
  6. Banal is trendy

 Assim como o consumo consciente, a moda vai seguir apostando em praticidade e comodidade com ‘pitadas’ de elementos fashion e isso é reflexo, principalmente, do comportamento do consumidor mais interessado em bem-estar, aliando estilo e funcionalidade. Não por acaso, uma variação, o GORPCORE, que leva o estilo das trilhas para às ruas ganhou o mercado.

Ainda navegando nesse universo de conforto e praticidade, é preciso um olhar mais atento para as estratégias de categoria para ir ao encontro dos viajantes onde quer que estejam, atribuindo valores de marcas cada vez mais dinâmicos sem perder a essência. A moda também faz parte dessa ‘ponte aérea’, afinal os minivlogs de viagem representam uma evolução interessante na forma como as experiências turísticas são compartilhadas nas redes sociais.

A moda e o lifestyle entram organicamente nessa esfera e a própria indústria enxerga esse potencial: a Associação Brasileira dos Blogueiros de Viagem (ABBV) revelou que nada menos do que 92% das empresas de turismo já levam em conta, em suas estratégias, a realização de ações que tenham a participação de criadores de conteúdo.

Uma outra aposta é o estilo mais retrô, que não é incomum, mas caiu nas graças da Geração Z. Os termos “Grandpa core” e “Grandad style” cresceram mais de 60% dentro do Pinterest. E o reflexo no comportamento mais abrangente é nítido, num mundo dominado por clicks em celulares, a hashtag #digitalcamera tem 184 milhões de visualizações no TikTok.

A tecnologia segue sendo uma realidade e o uso de IA generativa permite a criação de conteúdo altamente personalizado, atendendo às preferências individuais dos consumidores. Isso pode variar desde a customização de produtos até a personalização da experiência de compra online. Não há passo atrás já que estimativas apontam que a tecnologia pode representar uma receita extra de US$ 275 bilhões para os setores de vestuário, moda e luxo nos próximos anos.

E, para fechar, o que os especialistas têm apontado como um movimento ‘pós-ironia fashion’, o que antes era rebelde e antimoda, agora é repaginado e comercializado como ousado e moderno. O Grandpa Core e Cownboy Core são exemplos práticos que já ganharam as ruas e os editoriais de moda. Em 2024, aproveitar as fronteiras difusas entre o que pode ser visto como uma insurgência no mundo da moda e o que é aceito pelo público geral se tornará crucial. As mesmas peças podem funcionar como manifestos tanto para os desafiantes do sistema da moda quanto para aqueles que seguem as tendências à risca.

Tendo em vista esse cenário, o Creator Marketing praticado pela BrandLovrs em um segmento que mobiliza tanta conexão nas redes, surge não apenas como uma estratégia inovadora, mas como um ativo para desbloquear um novo nível de engajamento. A autenticidade tão valorizada pelo consumidor e, por consequência, pelas marcas exige criatividade, já que 70% da eficiência dos anúncios vem de ideias, que transcendem o tradicional e ainda sim sejam genuinamente personalizadas.

Saiba mais sobre o conteúdo acessando: https://www.brandlovrs.com/fashion-report

Revisão de conteúdo: Fernanda Sene
Publicação: Talita Szidlovski

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